Expulsões Precoces Elevam Preocupações no Fluminense
A expulsão de um jogador em uma partida pode ser considerada dentro da normalidade, porém, quando ocorre em sequência, é motivo para acender o alerta. E quando ambos os incidentes acontecem no primeiro tempo, a preocupação se acentua. Nesta temporada, o Fluminense já contabiliza um total de 12 cartões vermelhos, e ainda há meses de competição pela frente no calendário esportivo. Comparativamente, no ano anterior, foram registradas 10 expulsões. Tanto no caso de Samuel Xavier quanto de Martinelli, as expulsões ocorreram em lances aparentemente casuais, sem intenção maliciosa. Contudo, esses eventos clamam por uma reflexão aprofundada.
O técnico Fernando Diniz expressou a opinião de que a partida estava “controlada” até a ocorrência do cartão vermelho. Entretanto, esta visão não encontra eco em todos os observadores. Antes mesmo da expulsão de Martinelli, o desempenho do Fluminense já levantava questionamentos. Tanto é que o treinador foi flagrado repreendendo Leo Fernández e exigindo uma intensidade maior do time. Mesmo com um elenco completo de 11 jogadores em campo, o Fluminense não parecia representar uma ameaça significativa, e tampouco demonstrava uma presença intimidadora. É claro que a opção por utilizar a equipe reserva teve seu peso nesse cenário.
Após a expulsão de Martinelli, uma situação semelhante à enfrentada contra o Internacional se desdobrou: o adversário ganhou impulso, assumiu o controle do jogo e colocou o goleiro em ação, exigindo defesas espetaculares. Pedro Rangel conseguiu evitar o pior no final do primeiro tempo, quando Deyverson tentou de cabeça. No entanto, o erro individual de Diogo Barbosa e David Braz abriu caminho para o gol de Clayson, virando o jogo de cabeça para baixo.
Minutos mais tarde, Alan Empereur deixou sua marca com um gol fenomenal, originado de uma jogada de bola parada. Em um belo chute de fora da área, Fernando Sobral ampliou a vantagem para o time da casa. Com a equipe atuando com reservas, um jogador a menos em campo e atrás no placar, o temor de uma derrota elástica se instaurou. Deyverson até chegou a balançar as redes para o Cuiabá, mas um impedimento no início da jogada anulou o gol.
Para qualquer torcedor do Fluminense, a decisão de levar o time reserva para a Arena Pantanal era compreensível. Também é evidente que o cartão vermelho selou praticamente qualquer possibilidade de vitória. Não estamos diante de uma crise, mas é um alerta relevante. São quatro meses sem conquistar uma vitória fora de casa no Campeonato Brasileiro, um cenário que se tornará crucial na Conmebol Libertadores.
Na próxima quarta-feira, o Fluminense enfrenta uma partida decisiva contra o Internacional. Além do desempenho em campo, a equipe precisará manter a cabeça no lugar.
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