Adílio, ídolo histórico do Flamengo, morre aos 68 anos

Adílio lutava contra um câncer no pâncreas e infelizmente veio a falecer nesta segunda-feira

Flamengo rende homenagens ao ídolo Adílio | Foto: Flamengo via X.

A segunda-feira começou com um duro golpe no coração do torcedor flamenguista. O ex-meia Adílio, um dos craques da geração histórica do Flamengo campeão Mundial e da Libertadores em 1981 nos deixou em decorrência de um câncer. O ídolo rubro-negro havia descoberto a doença no início do ano, e vinha realizando tratamentos desde então, porém na última semana, o quadro de saúde de Adílio que estava internado em um hospital na Freguesia, zona Oeste do Rio piorou, e ele não resistiu.

Adílio nasceu em 15 de maio de 1956, estreando nos profissionais do clube carioca ainda com 18 anos de idade, em 1975. Ídolo histórico do Flamengo e integrante da maior geração do Mais Querido, o eterno camisa 8 da Gávea foi o terceiro jogador que mais vestiu a camisa do Flamengo. Foram 617 partidas, com 129 gols marcando, colocando-o como o 14º maior artilheiro da história do clube carioca.

Em 2019, Adílio recebeu uma homenagem do Flamengo com um busto esculpido pelo artista Eduardo Santos, eternizando para as futuras gerações este que é e sempre será um dos pilares do sentimento de ser rubro-negro, carregando conquistas, identificação e respeito pelo clube, marcas registradas do craque.

Pelo Flamengo, o “Brown”, como era chamado pelos companheiros por ser fã do cantor norte-americano James Brown, possui uma vasta coleção de títulos. O camisa 8 foi pentacampeão carioca, conquistando o competição nos anos de 1978, 1979 duas vezes, 1981 e 1986, três vezes campeão do Campeonato Brasileiro, em 1980, 1982 e 1983, uma Libertadores e um Mundial de Clubes, ambas as conquistas no ano de 1981, o ano mágico daquela geração.

Na final do Mundial, cantada até hoje pelos torcedores do Mais Querido nas arquibancadas, o Flamengo venceu o Liverpool por 3 a 0, com gol de Adílio. Além desse gol, o ex-meia marcou na final do Campeonato Brasileiro de 1983 contra o Santos e na final do Carioca de 1981, contra o Vasco da Gama.

Com ótima técnica, velocidade e força física, Adílio logo se destacou, e formou um dos melhores meios de campo da história do futebol brasileiro ao lado de Andrade e Zico. Seu futebol e importância para o jogo do Flamengo, o credenciaram a ser convocado também pela Seleção Brasileira. Além do Flamengo, ele também atuou no Brasil por Coritiba e alguns clubes menores do interior do estado do Rio de Janeiro.

Homenagens do Flamengo

O infinito formado pelo número 8 na histórica camisa do Flamengo do campeonato mundial | Foto: Flamengo via X.

Através de redes sociais e por meio também de seu site oficial, o Flamengo fez uma nota enaltecendo o ídolo e ressaltando a importância de Adílio não somente como jogador de futebol, mas também como uma pessoa importante para todos que tiverem o privilégio de conviver com ele:

“Mais do que um ídolo, Adílio era parte da Nação e representou em campo e na vida o que é ser Flamengo. Todo rubro-negro tem o privilégio de poder reverenciar o “Brown” como integrante da prateleira mais alta do nosso panteão. Hoje, nos despedimos do nosso Camisa 8, mas para nossa sorte, assim como o traçado do número eternizado, Adílio é infinito.”

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