Publicado
11 meses atrásno
Por
Pedro Carlos
Na noite desta sexta-feira, o mundo do futebol perdeu uma de suas lendas mais icônicas. Aos 92 anos, Mario Jorge Lobo Zagallo nos deixou, deixando para trás um legado que transcende as quatro linhas. Zagallo, o único tetracampeão do mundo, carrega consigo uma história que se entrelaça profundamente com a trajetória da seleção brasileira, tanto como jogador quanto como técnico.
Sua partida às 23h40 marca o fim de uma jornada extraordinária, onde Zagallo desempenhou papéis cruciais em quatro conquistas de Copa do Mundo: como jogador nas vitórias de 1958 e 1962, como técnico em 1970 e como coordenador técnico em 1994. Além desses marcos, ele liderou a Seleção em 1974, alcançando o quarto lugar, e em 1998, quando foi vice-campeão, além de retornar como coordenador em 2006.
Nos últimos anos, sua saúde já fragilizada demandou cuidados. Em setembro de 2023, enfrentou uma internação de cerca de 20 dias por conta de uma infecção urinária. Em dezembro do mesmo ano, retornou ao Hospital Barra D’Or, onde veio a falecer devido a falência múltipla dos órgãos, uma consequência da progressão de comorbidades preexistentes.
Recentemente, em uma eleição conduzida pelo portal ge, Zagallo foi reconhecido como o segundo maior técnico da história do país, ficando atrás apenas de Telê Santana, demonstrando o impacto duradouro de seu legado no futebol brasileiro.
A saga desse ícone começou nos idos dos anos 1940, numa época em que o futebol dominava as ruas do Rio de Janeiro. Na Zona Norte, a Praça da Bandeira era o epicentro das disputas, com o Ameriquinha e o Cruz de Malta sendo os principais times locais. Zagallo, com a camisa 10 do Alvirrubro, já se destacava como um driblador canhoto.
O ápice desse início de história se deu em 1950, no lendário Maracanã, palco da final da Copa do Mundo. Zagallo testemunhou, como jovem do América, a angústia de 200 mil pessoas diante da derrota do Brasil para o Uruguai, um evento que ficaria conhecido como “Maracanazo”.
Oito anos após esse doloroso episódio, Zagallo superou a tristeza e se tornou uma peça fundamental tanto no Flamengo quanto na Seleção Brasileira. Em 1958, ao lado de Pelé e Garrincha, ele saboreou o primeiro título mundial. E novamente, em 1962, no Chile, foi parte integrante do bicampeonato, ao lado de nomes como Mané, Didi e Nilton Santos.
Oito anos mais tarde, no México, Zagallo estava à frente da Seleção, com um time estelar composto por Pelé, Tostão, Gerson, Rivellino, Jairzinho, Carlos Alberto e Paulo Cezar. Ele comandava esse time dos sonhos, consolidando ainda mais sua história no futebol.
Como resumir a vida profissional desse ícone? Talvez nas palavras “Campeão Eterno”, um título de 13 letras, como ele gostava.
Mario Jorge Lobo Zagallo partiu, deixando para trás um legado que transcende gerações, marcado por conquistas memoráveis e uma dedicação inigualável ao esporte que amava. Sua história continuará viva nos corações dos amantes do futebol, relembrada como um capítulo indispensável na gloriosa trajetória do futebol brasileiro.
Certamente, existem muitos aspectos a considerar ao escrever sobre a vida de Mário Jorge Lobo Zagallo, uma verdadeira lenda do futebol brasileiro. Com uma carreira que abrangeu diversas áreas do esporte, desde os primeiros passos como jogador até sua consagração como técnico e coordenador técnico de equipes marcantes, sua história é um legado inegável para o futebol mundial.
Início da Jornada
Nascido em Maceió, Alagoas, em 9 de agosto de 1931, Zagallo mudou-se para o Rio de Janeiro ainda criança. Seu talento para o futebol começou a ser notado nas ruas da Tijuca, onde se destacava pela habilidade e destreza como meia-esquerda do Ameriquinha, antes de migrar para as categorias de base do América.
Sua trajetória no América, inicialmente custeada por sua contribuição como sócio do clube, moldou-se enquanto ele transformava seu papel de ponta de lança para ponta-esquerda, se tornando um jogador incansável e talentoso.
Os Primeiros Passos em Clubes
A transição para o Flamengo foi um marco em sua carreira. A partir de 1954, Zagallo tornou-se titular, ganhando destaque e participando ativamente da conquista do tri carioca entre 1953 e 1955, formando uma linha de frente histórica junto a Joel, Paulinho, Evaristo, Dida e Zagallo.
Sua mudança para o Botafogo, posteriormente, cimentou sua posição como uma peça crucial no cenário esportivo. Bicampeão carioca em 1961-62, fez parte de um quinteto ofensivo notável, ao lado de lendas como Garrincha, Didi, Quarentinha e Amarildo.
Brilho na Seleção Brasileira
O brilho nos clubes levou Zagallo à Seleção, onde se destacou na histórica campanha do primeiro título mundial do Brasil, em 1958. Sua consistência o manteve como titular em todo o campeonato, representando uma conexão essencial entre os triunfos do Flamengo, Botafogo e a glória na Suécia.
Sua carreira no Botafogo continuou marcada por conquistas, incluindo a Taça Brasil em 1968, enquanto sua transição para a carreira de técnico começava a tomar forma, primeiro com os juvenis e, posteriormente, comandando equipes como o Fluminense, Flamengo e a própria Seleção Brasileira.
A Era como Técnico e Conquistas Internacionais
Sua gestão na Seleção tricampeã do mundo no México, em 1970, é um marco histórico. Ele moldou uma das equipes mais aclamadas do futebol, com nomes como Pelé, Tostão e Rivelino, levando o Brasil ao auge do sucesso e conquistando o respeitado tetra no comando técnico, 24 anos após sua conquista como jogador.
Legado e Últimos Anos
Após experiências em clubes nacionais e internacionais, Zagallo encerrou sua carreira de técnico, mas permaneceu como figura influente no futebol, atuando como coordenador técnico e vivendo momentos inesquecíveis, como o desafio na Copa de 1998, marcado pela polêmica escalação de Ronaldo.
Sua vida pessoal também foi marcada por perdas significativas, como a partida de sua esposa, Alcina de Castro Zagallo, após 57 anos juntos, influenciando sua ligação com a superstição do número 13, que se tornou um elemento peculiar de sua história.
Embora tenha enfrentado problemas de saúde nos últimos anos, Zagallo continuou a ser um ícone do esporte, presente em eventos importantes, mantendo sua lucidez e compartilhando sua rica memória sobre a história do futebol brasileiro.
Mario Jorge Lobo Zagallo, um nome que transcende gerações, deixando um legado imortalizado na história do futebol e no coração dos brasileiros, um verdadeiro campeão eterno.
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