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Dorival Júnior Inicia Reformulação na Seleção Brasileira com sua Primeira Convocação nesta sexta 01
Dorival Júnior- Seleção Brasileira
A Lista Definida: Dorival Júnior Anuncia Convocação para Amistosos Cruciais
Na sexta-feira (1), Dorival Júnior anunciou sua primeira convocação à frente da Seleção Brasileira, composta por 26 atletas que enfrentarão Inglaterra e Espanha nos amistosos marcados para 23 e 26 de março, respectivamente.
A expectativa é alta, mas a verdadeira prova da reformulação virá com os resultados positivos.
É vital compreender que qualquer processo de transformação requer resultados concretos. A tarefa monumental de Dorival Júnior à frente da seleção brasileira inclui não apenas a formação de um time competitivo, mas também a restauração da confiança entre os jogadores e a reconstrução de uma relação desgastada com a torcida. Tais desafios precedem qualquer lista de convocados ou discurso inflamado na sede da CBF.
Em um capítulo marcante dos 110 anos de história da seleção brasileira, a primeira lista elaborada por Dorival Júnior como treinador da equipe provocou intensos debates, reafirmando a tradição de opiniões divididas. Contudo, o que escapou à compreensão de muitos foi o sinal claro de um novo rumo para o escrete canarinho, algo que tem sido clamado nos últimos anos.
Trata-se da tão ansiada reformulação na equipe, uma transição gradual dos mais experientes para os mais jovens, evitando os sobressaltos que caracterizaram décadas anteriores. Admitindo que alguns nomes na convocação são fruto da confiança pessoal do técnico, vale destacar que jogadores como Murillo, zagueiro do Nottingham Forest, e Vitor Roque, atacante do Barcelona, poderiam ter recebido oportunidades. No entanto, a lista apresenta boas opções para impulsionar a mudança.
Estilo de Jogo de Dorival Júnior e a Adaptação dos Convocados
A habilidade de Dorival Júnior em se adaptar ao elenco é uma de suas marcas mais distintivas. No comando do Flamengo, após a passagem de Paulo Sousa em 2022, ele revolucionou o time ao adotar um 4-3-1-2, destacando Gabigol e Pedro à frente de Arrascaeta. A recuperação de jogadores como Everton Ribeiro, Thiago Maia e Rodinei culminou nos títulos da Copa do Brasil e da Libertadores.
No São Paulo, após não renovar seu contrato, Dorival demonstrou a mesma adaptabilidade. Implementou um 4-2-3-1 sólido na defesa, destacando Pablo Maia e Alisson como a dupla de volantes essencial. Suas escolhas em Lucas Moura como camisa 10 e Rodrigo Nestor como falso ponta também foram bem-sucedidas no caminho para o título da Copa do Brasil de 2023.
Entretanto, talvez seja o Santos campeão da Copa do Brasil de 2010 que permaneça mais vívido na memória. Dorival Júnior construiu um time móvel em um esquema 4-2-3-1, com Robinho e Neymar pelos lados, Ganso, Arouca e Wesley pelo meio, e André “Balada” no comando de ataque. Mesmo com a controvérsia envolvendo Neymar, Dorival deixou sua marca.
Desafios da Seleção Brasileira e o Caminho para a Renovação
Embora a primeira convocação de Dorival Júnior tenha sido recebida com grande expectativa, especialmente após um ano desafiador em 2023, a retomada do protagonismo do escrete canarinho não acontecerá da noite para o dia. A tão necessária reformulação exige paciência e calma.
O verdadeiro caminho para a renovação da seleção brasileira passa pela inclusão de jovens talentos como Beraldo, Yan Couto, André, João Gomes, Endrick e Savinho, para citar apenas alguns. Dorival terá pouco tempo para conquistar resultados positivos, e a adaptação dos jovens ao ambiente da seleção exigirá tempo. O que vemos agora é o resultado de anos de reformulações baseadas na abordagem “trocar todos” sem considerar o legado dos que saíram.
A iniciativa de Dorival em iniciar a reformulação e recuperar o protagonismo já em sua primeira convocação é louvável. No entanto, suas escolhas serão submetidas a críticas em caso de resultados insatisfatórios. A expectativa de ver o futebol desejado exigirá mais do que alguns dias de treinamento. Essa é a realidade do comando da seleção brasileira, onde o sucesso é medida não apenas pelos títulos, mas pela capacidade de forjar um time coeso e vibrante.
