Oito Treinadores em Quatro Temporadas: Um Olhar Sobre as Escolhas
A derrota na final da Copa do Brasil selou o destino de Jorge Sampaoli no comando do Flamengo, marcando a saída do oitavo treinador durante a gestão de Rodolfo Landim. A rescisão do contrato do argentino é iminente, aguardando apenas a confirmação do novo comandante. Esta mais recente mudança perpetua a rotatividade no leme do Rubro-Negro, refletindo a instabilidade que permeou a equipe nas últimas quatro temporadas.
O ápice do desempenho do Flamengo sob o comando técnico de Jorge Jesus é inquestionável, com estatísticas impressionantes. À época da contratação do Mister, o ex-diretor de futebol, Paulo Pelaipe, foi o arauto do nome do português a Marcos Braz, então vice-presidente do departamento. As tratativas fluíram rapidamente, e Jesus desembarcou no Rubro-Negro, inaugurando a inesquecível temporada de 2019.
Entretanto, Paulo Pelaipe não permaneceu no clube em 2020, e a escolha dos técnicos subsequentes foi centralizada na cúpula do futebol, liderada por Marcos Braz e Bruno Spindel, com a aprovação do presidente Rodolfo Landim. Na contratação de Jorge Sampaoli, por exemplo, o aval partiu diretamente de Landim, que sempre nutriu um ‘sonho’ de tê-lo à frente do time.
O sucesso de Jorge Jesus, contudo, transcendeu a mera seleção acertada de técnico e a sua afinidade com o elenco. O Mister também soube criar um escudo em torno do futebol do Flamengo, blindando-o contra influências externas no cotidiano do Ninho do Urubu. Este protocolo não foi seguido pelos sete técnicos que se sucederam no Centro de Treinamento.
Emerge a verdade de que há uma lacuna no processo de escolha dos treinadores, resultando em um ciclo de gestões breves e orientadas para o resultado, que ameaçam a estabilidade do Flamengo. Para que a reestruturação visando a temporada de 2024 alcance êxito, torna-se imperativo que a busca pelo novo técnico se baseie nas características do elenco e no DNA do estilo de jogo que permeia a história do Rubro-Negro.
Para que o Flamengo se reerga e alcance o sucesso consistente, é fundamental que o processo de escolha do próximo treinador leve em consideração as características do elenco e a identidade histórica do clube. A busca pelo “padrão ideal” não deve se limitar apenas ao currículo do técnico, mas também à sua capacidade de gerir pessoas e manter a estabilidade interna.
O próximo treinador do Flamengo precisa ser alguém que compreenda a cultura do clube, valorize a sua história vitoriosa e esteja disposto a trabalhar em conjunto com a diretoria para estabelecer uma filosofia de jogo duradoura. Isso não apenas ajudará a equipe a alcançar resultados consistentes, mas também restaurará a confiança e a união no Ninho do Urubu.
Rumo ao Futuro Pós-Sampaoli: O Nome de Tite Ganha Força como Nono Comandante na Era Landim
O horizonte pós-Sampaoli no Flamengo começa a se delinear, e o nome de Tite surge com vigor nos bastidores como potencial nono treinador da gestão Rodolfo Landim. A intenção é contratar não apenas um técnico com um currículo robusto e expertise tática refinada, mas também um líder capaz de gerir pessoas, restaurando a união e a harmonia interna no Ninho do Urubu.
O Flamengo precisa aprender com sua história recente e reconhecer a importância de encontrar um padrão consistente no comando técnico. A escolha do próximo treinador não deve ser baseada apenas em currículo, mas também em compatibilidade com a cultura do clube e a capacidade de construir uma equipe coesa.
Se o Flamengo for capaz de encontrar o equilíbrio certo entre competência técnica e estabilidade interna, poderá voltar a dominar o futebol brasileiro e internacional. O sucesso de Jorge Jesus em 2019 mostrou que é possível atingir patamares elevados, desde que haja um plano bem estruturado e uma visão clara para o futuro. Agora, cabe ao Flamengo encontrar o próximo técnico que possa liderar o clube de volta ao caminho da glória.
