Na véspera do quinto jogo à frente da seleção brasileira, o técnico Fernando Diniz concedeu uma entrevista coletiva na Granja Comary, em Teresópolis, destacando a confiança na nova geração e abordando a ausência de Neymar pela primeira vez desde sua nomeação.
Com um tom tranquilo, o treinador reforçou a ideia de que não está em busca de um novo protagonista para assumir o papel deixado por Neymar.
“A gente tem uma geração extremamente talentosa, que surgiu há dois anos, mais ou menos. Muitos podem assumir esse protagonismo. Mas é importante que a gente não coloque esse peso. Os jogadores têm que se sentir leves e fazer o seu melhor. São destaques pelo mundo, Raphinha no Barcelona, Rodrygo e Vini Jr no Real Madrid, Gabriel Martinelli e Gabriel Jesus no Arsenal. De maneira natural, vão assumir o protagonismo. Ninguém tem que se preocupar em assumir o papel de Neymar”, afirmou Diniz. .
Diniz também participou de insights sobre os primeiros contatos com Endrick, o jogador mais jovem do grupo atual. Destacou a qualidade especial do jovem atleta e ressaltou a importância de não colocar expectativas excessivas sobre ele. “Vou contribuir o máximo que eu puder, mas com as limitações do técnico. Aqui temos 24 jogadores para receber atenção.
Está sendo muito bem nutrido de informações no Palmeiras com o Abel (Ferreira) e o staff. Mas é baixar um pouco a expectativa. Ele não tem que ser um jogador restrito. A gente não tem que esperar tudo do Endrick com 17 anos. Eu vejo um potencial gigante. Pode no futuro se tornar um daqueles jogadores lendários do futebol brasileiro. Mas isso o tempo vai confirmar”, acrescentou Diniz.
Durante o treino aberto desta quarta-feira, o treinador testou uma formação com quatro atacantes, excluindo Endrick dos titulares. A escalada provável inclui Alisson; Emerson Royal, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Renan Lodi; André e Bruno Guimarães; Raphinha, Rodrygo, Vini Jr e Gabriel Martinelli.
Com duas vitórias nas eliminatórias, seguidas por um empate e uma derrota, a seleção brasileira enfrentou a Colômbia no estádio Metropolitano nesta quinta-feira, às 21h (horário de Brasília), buscando reverter a sequência recente.
Em relação à seleção colombiana, Diniz liderou o desafio enfrentado, destacando a pontuação expressiva e a competitividade do tempo. “É um tempo que ganhou projeção no cenário mundial. Um dos rivais mais difíceis na América do Sul. Tem pontuação bem e jogado com muita competitividade. Muito calor, apoio da torcida. Estudamos muito e estamos preparados”, disse o técnico.
Sobre os desfalques na seleção, Diniz lamentou a ausência de Neymar e Casemiro, mas enfatizou a importância de dar oportunidades aos demais jogadores. “É uma pena que não posso contar com o Neymar. Ele faz falta em qualquer cenário, assim como o Casemiro. Com a ausência deles, a gente tem que dar oportunidade para os outros, potencializar esse tempo que vão jogar”, ressaltou.
Quando questionado sobre a evolução da equipe, especialmente após o empate com a Venezuela e a derrota para o Uruguai, Diniz destacou a análise técnica da partida contra o Uruguai, apontando aspectos positivos e negativos.
“Fomos inofensivos no primeiro tempo. Só que na primeira parte, a equipe teve o controle do jogo, o Uruguai conseguiu finalizar. Se tivesse aqui a mesma hora que jogou lá, a gente também ia melhorar”, analisou o treinador.
O foco da seleção brasileira agora está na Colômbia, com partida marcada para quinta-feira, e na Argentina, adversária de terça-feira seguinte. Com sete pontos, a seleção ocupa a terceira colocação nas eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2026, atrás da Argentina e do Uruguai, ambas com 12 pontos. A batalha pela vaga direta na Copa do Mundo promete ser intensa, e Diniz está confiante na capacidade de sua equipe.
Um dos pontos de destaque na coletiva foi a situação física de Gabriel Jesus. O atacante, que não viajará para o jogo contra a Colômbia, está em fase de transição após uma lesão muscular que o deixou fora dos últimos cinco jogos pelo Arsenal.
Fernando Diniz expressou confiança no jogador e destacou a satisfação de tê-lo na seleção. “Estar aqui é um motivo de satisfação. Ele falou que está se sentindo bem e fazendo algumas coisas. Conversei com ele e arriscamos trazê-lo para cá. Se ele tiver condição, vamos tentar jogar contra a Argentina”, revelou o treinador.
A CBF manteve a convocação de Gabriel Jesus, mesmo diante da argumentação do Arsenal para sua desconvocação devido ao tratamento. A comissão técnica entende que a experiência do jogador é crucial, especialmente em um clássico contra a Argentina.
O chefe do departamento médico, Rodrigo Lasmar, reforçou que a filosofia de Diniz é manter o jogador próximo, acompanhando o dia a dia da seleção, e que a convocação não implica necessariamente em sua participação imediata.
O jogo contra a Colômbia é apenas mais um capítulo na jornada da seleção brasileira nas eliminatórias, e a expectativa é de uma partida acirrada, com a nova geração buscando assumir o protagonismo deixado por Neymar. A confiança de Fernando Diniz e a oportunidade dada aos jovens talentos promete uma seleção forte e competitiva em busca da classificação para a Copa do Mundo de 2026.
